Vai acabar! Bolsa Família já tem data de CANCELAMENTO confirmada para TODOS que utilizam o benefício para apostas (bets) e “tigritinho”
O governo federal formou uma equipe para estudar maneiras de evitar o uso do cartão do Bolsa Família em apostas online. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome pretende encaminhar uma proposta sobre o tema ao governo até a próxima quarta-feira (02/10).
A equipe conta com a participação do Ministério do Desenvolvimento, da Rede Federal de Fiscalização do Bolsa Família e do Cadastro Único, em parceria com o Ministério da Fazenda, Ministério da Saúde e Casa Civil.
Recentemente, o Banco Central divulgou um estudo sobre o mercado de jogos de azar e apostas online no Brasil. O levantamento mostra o perfil dos apostadores e revela que, só em agosto, 5 milhões de beneficiários do Bolsa Família gastaram R$ 3 bilhões em plataformas de apostas.
O ministério defende que os recursos do Bolsa Família não devem ser destinados a apostas. Em nota oficial, destacou que “os programas sociais de transferência de renda foram criados com o objetivo de assegurar a segurança alimentar e suprir as necessidades essenciais de famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade”. A prioridade no uso desses recursos é combater a fome e promover dignidade para os mais necessitados.
“O MDS mantém seu compromisso de garantir que o Bolsa Família continue sendo um mecanismo eficiente no combate à pobreza e à insegurança alimentar”, reforçou o ministério em comunicado.
Fim das apostas para beneficiários do Bolsa Família
Cerca de 24 milhões de brasileiros participam de apostas e jogos de azar no país, de acordo com estimativas do Banco Central (BC), que se baseou em transferências feitas via Pix para empresas do setor em agosto de 2024, mês de referência dos dados divulgados.
No total, os brasileiros apostaram R$ 20,8 bilhões em plataformas de apostas naquele mês. O BC calcula que 15% desse montante ficou com as empresas de apostas online, enquanto o restante foi distribuído como prêmio entre os apostadores. O estudo analisou 56 plataformas de apostas.
O perfil dos apostadores, segundo o relatório, aponta que a maioria tem entre 20 e 30 anos. O valor médio mensal das transferências aumenta conforme a faixa etária. Enquanto os mais jovens apostam cerca de R$ 100 por mês, os mais velhos transferem mais de R$ 3.000 mensalmente para as plataformas.
Entre os apostadores, 5 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família transferiram R$ 3 bilhões para sites de apostas online. Desses, 4 milhões são chefes de família, responsáveis por receber diretamente o benefício, e transferiram R$ 2 bilhões, o equivalente a 67% do total movimentado pelos beneficiários em agosto.
Consulta do Bolsa Família pelo CPF
Há várias maneiras de consultar o Bolsa Família usando o CPF. Vamos destacar os principais canais e métodos disponíveis:
Consulta online
A maneira mais prática de acessar informações sobre o Bolsa Família é por meio dos canais digitais oferecidos pelo governo. Confira os principais:
- Aplicativo Caixa Tem: Disponível para dispositivos móveis, o app da Caixa Econômica Federal permite aos beneficiários verificar o valor do benefício, data de pagamento e histórico de recebimentos.
- Site da Caixa: No site da Caixa Econômica Federal, é possível acessar a seção “Consulta Bolsa Família” e, ao inserir o CPF, obter informações detalhadas sobre o benefício.
- Portal Único de Acesso aos Serviços Digitais do Governo: Esse portal oferece a consulta de diversos serviços públicos, incluindo o status do Bolsa Família.
- Aplicativo Meu Gov.br: O app oficial do governo federal também disponibiliza a consulta do Bolsa Família por meio do CPF.
Impactos das apostas esportivas e Tigritinho na economia do Brasil
A preocupação com as apostas esportivas e o “jogo do tigre” (popularmente conhecido como “tigritinho”) na economia do Brasil está relacionada a vários fatores que impactam tanto o governo quanto a sociedade. Aqui estão os principais pontos de preocupação:
1. Impacto social e econômico
A disseminação das apostas esportivas e de jogos como o “tigritinho” gera preocupações sobre o uso indevido de recursos financeiros, especialmente entre as populações mais vulneráveis. No caso do Bolsa Família, por exemplo, o governo tem demonstrado preocupação com o fato de que muitos beneficiários estão usando os recursos para apostar em vez de suprir necessidades básicas, como alimentação e saúde. Isso levanta questões sobre a eficácia das políticas sociais e o impacto econômico em longo prazo.
2. Crescimento descontrolado do mercado de apostas
O mercado de apostas esportivas cresceu de forma acelerada no Brasil, especialmente após a legalização parcial em 2018. Esse crescimento descontrolado, sem regulamentação robusta, traz desafios à economia formal, como a evasão fiscal, já que muitas plataformas operam sem pagar impostos de forma adequada. O governo está pressionado a regulamentar o setor para garantir que as receitas provenientes das apostas possam ser tributadas e, assim, contribuir para o orçamento público.
3. Vício e endividamento
A propagação das apostas, especialmente entre os mais jovens e as classes de baixa renda, também levanta preocupações sobre o vício em jogos de azar. Isso pode levar ao endividamento pessoal, aumento da inadimplência e, em casos extremos, à deterioração das condições de vida, exacerbando a pobreza e a exclusão social. O impacto na economia é sentido, pois o vício em apostas pode gerar um ciclo de dependência que afeta a produtividade e o consumo consciente.
4. Lavagem de dinheiro e crime organizado
Sem uma regulamentação eficiente, o setor de apostas esportivas pode ser utilizado para a lavagem de dinheiro, o que preocupa o governo e as instituições financeiras. O “tigritinho”, que é um jogo clandestino, também está frequentemente associado a atividades ilícitas, como o crime organizado. Isso representa um risco à estabilidade econômica e à segurança do país, além de prejudicar o ambiente de negócios legalizado.
5. Fuga de divisas
Muitas plataformas de apostas online são sediadas fora do Brasil, o que significa que grande parte do dinheiro apostado sai do país sem gerar benefícios econômicos locais. Isso é um problema para a economia brasileira, pois o capital que poderia ser investido no mercado interno acaba fluindo para o exterior, sem gerar empregos ou receitas fiscais significativas.
6. Regulamentação e controle governamental
O governo brasileiro está sob pressão para regulamentar as apostas esportivas, visando não apenas controlar a atividade, mas também gerar receita através de impostos e proteger os apostadores de práticas abusivas. Essa regulamentação ainda enfrenta desafios, como a definição de taxas justas, mecanismos de fiscalização e a proteção dos consumidores contra fraudes e dependência.
Em resumo, as apostas esportivas e o “tigritinho” trazem preocupações tanto sociais quanto econômicas para o Brasil. O governo precisa equilibrar a regulamentação para garantir uma economia saudável, proteger os mais vulneráveis e, ao mesmo tempo, capturar receitas fiscais provenientes desse setor em crescimento.